quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

In Solititudine penso

Li certa vez sobre a ascendência na solidão
Penso nisso aqui de meu canto indiferente ao mundo
Vejo de minhas janelas pessoas que não me vêem
Vejo de minha janela que tais pessoas nem mesmo se vêem
Porém vivem, a cada passo se arriscam, a cada milímetro vacilam e cometem erros que com o aviso antecipado do espectro ao lado não cometeriam

Do meu ponto de vista não sei quem está mais solitário eu, imparcial ao mundo, ou o mendigo sentado ao chão naquela praça.
Vejo pessoas, centenas delas passando como se ele também não existisse. De repente uma garota pergunta a mãe por que aquele homem está no chão, a mãe se assusta e diz que é um bêbado, um drogado, um sem rumo.

Estaria ele sem rumo antes daquele comentário ou são comentários como esses que retiram os rumos de pessoas em situações frágeis?

Sem dúvida no isolamento de meu quarto sozinho com meu violino me sinto mais seguro do que em meio a estas criaturas vis das quais não me excluo, apenas me distancio.

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