quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Porcelana

Dance, Dance meu amor.

Por que te recusas a aceitar meu convite?

Cante, Cante minha vida.

Por que ages como o rouxinol que no cativeiro dos meus braços, te recusas a cantar?

Sinta, Não es à brisa que tanto te agrada?

A que preço vivo se apenas te tenho inerte em meus braços

Se tua pele rósea agora é porcelana, branca e fria.

Se teu coração jaz como pedra em teu peito.

Por que meu amor? Por que abri meus olhos e me deparei

Com teu sangue ainda quente em minhas mãos?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Dica do dia

Não sou filósofo nem tento, ser como ja disse não sou nada

mas para quem gosta de ler, deixo a dica deu um blog interessante:

http://www.filosofix.com.br/blogramiro/

Possui alguns artigos muito bons

espero que gostem

Tao The Ching

"Trinta raios convergentes reúnem-se ao meio, formando uma roda.
Mas é do vazio do centro que depende o andamento do carro.
Os casos são feitos de argila, mas é graças ao seu interior vazio que os podemos utilizar.
Ao construirmos uma casa, colocamos-lhe portas e janelas, e é devido a essas aberturas que ela se torna habitável.
É por isso que a utilidade provêm do ser, mas é o não ser que lhe dá eficácia."

Violinos no Danúbio

Assim como a rosa

O homem nasce, cresce, encanta e morre.

Não há glória na morte, o encanto desencanta.

Só resta a doce serenata dos violinos infernais,

Que ao sol poente,

Conduz às margens do Danúbio

Um moribundo imundo

Ao seu inexorável fim.

domingo, 7 de dezembro de 2008

La Bella

Bella para que ser bela


Se por mais que bela, tu estas distantes de mim.


Para que ser forte se suas mãos são frágeis como as de um querubim.


E para que me tentas se sabes que tocá-la com minhas mãos maculadas pela devassidão mundana seria maior heresia do que adentrar ao reino dos céus com estas vestes sujas pela vida pecaminosa de mero mortal.



Para que senhor criaste tal formosura?


Para levar aos delírios insanos este pobre plebeu de teu glorioso reino?


Querias testar um servo se tem à força de um deus?


Nem mesmo Platão em sua forma de amar, à amaria tão idealmente como eu a amo.


Então senhor por que me tentas?



Não seria eu culpado de macular sua obra prima se eu apenas a tocasse?


Se eu apenas a tocasse me fuzilaria com teus raios glorioso Zeus?


Nem mesmo Afrodite a mais bela dentre as tuas, me afeta como ela o faz.


Permitiria ó Deus dos deuses que por um instante sentisse em meu rosto a respiração de meu amor?


Permitiria que por um instante da velocidade da luz eu tocasse seus lábios?


Permitira que eu morresse em paz?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Onix

Dos escombros da parede quebrada

Retiro um punhado de pedras

Crivo, lavo, olho e nada.

Minuto a minuto procurando o que me embala

De súbito olho o brilho em minhas mãos e penso

já não me falta mais nada,

encontrei tuas pupilas meu amor.

In Solititudine penso

Li certa vez sobre a ascendência na solidão
Penso nisso aqui de meu canto indiferente ao mundo
Vejo de minhas janelas pessoas que não me vêem
Vejo de minha janela que tais pessoas nem mesmo se vêem
Porém vivem, a cada passo se arriscam, a cada milímetro vacilam e cometem erros que com o aviso antecipado do espectro ao lado não cometeriam

Do meu ponto de vista não sei quem está mais solitário eu, imparcial ao mundo, ou o mendigo sentado ao chão naquela praça.
Vejo pessoas, centenas delas passando como se ele também não existisse. De repente uma garota pergunta a mãe por que aquele homem está no chão, a mãe se assusta e diz que é um bêbado, um drogado, um sem rumo.

Estaria ele sem rumo antes daquele comentário ou são comentários como esses que retiram os rumos de pessoas em situações frágeis?

Sem dúvida no isolamento de meu quarto sozinho com meu violino me sinto mais seguro do que em meio a estas criaturas vis das quais não me excluo, apenas me distancio.

Ninguém em especial

Sou Ninguém, ninguém em especial

ninguém a ser notado, apenas Ninguém na multidão

Que inconformado com Ninguém e com todos

Vive à margem observando o nada e o tudo

Antes colateral ao todo agora transversal ao nada

Sou Ninguém e Ninguém sabe de nada , mesmo que ninguém saiba de tudo

Mas antes ser Ninguém que fale de tudo, do que ser alguém que valha de nada