Eu respeito a crendice dos ateus
E a descrença que mora nos beatos
O atrativo daqueles que são chatos
E o modesto que as vezes se acha Deus
Reconheço o valor dos versos meus
E a sujera que habita a mente pura
A pureza que mora na mistura
E a discórdia que mora no consenso
Eu respeito as hipócritas verdades
E o valor natural dos imperfeitos
Pois somente através dos seus defeitos
Poderão destacar as qualidades
Reconheço a moral dos indecentes
E o sabor palatável da amargura
O azedume que mora na doçura
E a fumaça que limpa pelo insenso
Eu respeito a esperteza que há no tolo
E a tolice que mora em cada sábio
O mau jeito que mora no mais hábil
Eu respeito a doidera do careta
Lucidez que se mostra no maluco
A memória que mora no caduco
E o fantasma que mora na gaveta
Eu respeito o sorriso do sisudo
E a tristeza que mora na risada
Quem é tudo mas diz que não é nada
Quem é nada mas diz que sabe tudo
Reconheço a grandeza do miúdo
E a umidade que mora na secura
Noite em claro que ofusca noite escura
E a incerteza que mora no que eu penso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras.
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É bom saber que tem alguém que visita meu blog com frequência.hehehe
ResponderExcluirUltimamente não ando muito inspirada,é que estou procurando a critividade. Ela desapareceu no dia 14 por volta das 22h. Ofereço recompensa,para maiores informações: entre em contato :)
Brincadeirinha.
Gostei do seu cantinho tbm.
Passarei por aqui mais vezes.
Beijos de poesia